A razão pela qual se convidam os formandos a conceberem um PIP é a de isso lhes operacionalizar as suas supostas (digo supostas, porque aqui simuladas) intenções pedagógicas, ganhando assim uma sensibilidade que mais tarde os ajudará a planear e a propor as suas próprias acções. É esse, portanto, o fito: experimentar, tentar, sentir a dificuldade, esforçar-se por, e assim aprender mais.
Já bem basta que nos cursos de FPIF não se "chumbe", ou seja: os riscos de errar parecem-me bem menores do que os de não se aprender verdadeiramente. Mais: honestidade, responsabilidade e maturidade são coisas que, a par com os seus conhecimentos, jeito para comunicar e graça pessoal irão definir o bom profissional de formação ao longo da sua vida , demarcando-o assim dos restantes e permitindo-lhe ser reconhecido no mercado. Ora, um formando não se importa em ser igual aos outros - em apenas replicá-los - provavelmente será um formador com a mesma postura.
Esta, a minha óptica enquanto formadora de formadores. Esforço, senso crítico e empenho importam sobremaneira. Mas também é verdade que só importa a quem se importa. É verdade!...
Sugestão: certifiquem-se de que não sobejam dúvidas sobre o que o v/ formador do PIP vos transmitiu, troquem impressões com quem seja, vejam exemplos de outros planeamentos e... Façam uma coisa à v/ maneira, da v/ cabeça, de acordo com a v/ inspiração! Tentem perceber-lhe as vantagens; até as desvantagens, se as lá virem; e as dificuldades que sentiram; e o prazer que pode ser projectar uma acção de formação com sentido, partindo de uma simples e etérea ideia...
E boa sorte.