Se analisarmos o novo Referencial da Formação de Formadores publicado pelo IEFP, poderemos encontrar um tema muito interessante e polémico: Ser Formador é uma atividade ou profissão? Apresentamos de seguida a resposta dos especialista que elaboraram o novo Referencial: "O enquadramento do perfil profissional do formador como uma atividade e não como uma profissão leva ainda, ao debate sobre estes conceitos que, na ótica do novo enquadramento legal, enquadram a formação neste prisma. A Atividade remete, conceptualmente, para um conjunto de comportamentos/ações realizadas para a execução técnica de uma tarefa, de uma técnica ou do exercício de uma profissão. A Profissão remete para a formação inicial do indivíduo adquirida por via formal, não formal e informal, através das “escola” ou da experiência, identifica-o pelas competências adquiridas nessa fase abordando uma ou mais atividades. Neste sentido, a profissão requer estudos extensivos e o domínio de um dado conhecimento ao passo que a atividade está relacionada com as funções efetivamente realizadas no Mercado de Trabalho." Porém, não deixa de ser curioso que o estudo encomendado pelo IEFP e que resultou na produção de um referencial de competências do Formador, tinha o nome de "Formador: como e porquê muda uma profissão”!

Aguardo a vossa opinião.

Cumprimentos

A minha opinião é conhecida e clara!
Para se ser um formador, que traga real valor acrescentado à formação profissional, não se pode sê-lo a tempo inteiro.
Pode até ser uma profissão, mas de modo algum ser a única desempenhada pelo "artista"!

Concordo. Para mim a formação em grande parte deve ser uma maneira de transmitir o conhecimento que se adquiriu na profissão de base.

Formador é sempre uma profissão, pois este recebe dinheiros pelos serviços prestados, senao recebe-se dinheiro seria uma vida cruel, eu sei e agora há tantos formadores e muitos sem especialidades que tiram lugar a outros.

Eis miha opinião que obviamente vale o que vale!
Como refere Carr-Saunders (1928) "uma profissão pode
talvez ser definida como uma ocupação baseada num estudo e num treino intelectuais
especializados, cujo objectivo é fornecer a outrém serviços ou conselhos altamente
qualificados a troco de determinados horários ou salários", sendo certo que para fornecimento dos referidos serviços ou conselhos qualquer profissional terá que realizar tarefas e essa mobilização apenas será alcançada através da actividade. Pelo que, considero que existe a profissão de Formador que será desempenhada e concretizada através da actividade de ministrar formação.

Penso que o que está em causa não é a questão semântica ou linguística do que é uma profissão ou actividade.

O que está em discussão, a meu ver, é se o formador deve ser alguém que dia após dia o que faz é dar formação sobre determinado tema ou se é alguém que em complemento da sua actividade profissional, transmite os conhecimentos adquiridos.

Pelo que tenho visto, como formador e formando, quem realmente desempenha a tarefa X ou actividade Y tem muito mais capacidade para ensinar sobre essa área do que alguém que é apenas formador nessa área.