Bom dia! Fui formadora freelance de adultos - em dedicação praticamente exclusiva - durante mais de 10 anos, na região do Alentejo central, sobretudo para associações de desenvolvimento local, mas não só. Depois de anos a tentar alertar colegas, a tentar mobilizá-los para acções de denúncia das condições indignas a que milhares de formadores têm sido sujeitos, a escrever para a comunicação social (cheguei a publicar um texto num jornal local), desisti desta actividade, que sempre me apaixonou. Senti-me a bradar no deserto. Entidades que não pagam? Autênticos gangs da formação? Há muitos. Cá vai um, que me ficou a dever quase 4000 euros de formação em CEF. PORTUCALE/DOUROCABE/MONMORPROF (tudo empresas do mesmo grupo, com sede no Porto). Fiz queixa deles à delegação regional, devidamente documentada, do POPH há mais de um ano. Ganhei as mesmas! Silêncio, palavrinhas de lamento e compreensão, pancadinhas nas costas... Acções? Nenhumas. E sem espírito solidário, unido e interventivo dos formadores, não me parece que as coisas mudem. Apesar de estar retirada da actividade, estarei sempre disposta a colaborar em acções concretas de denúncia e luta. Abraço solidário e... coragem!