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TÓPICO: viver da formação

viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9248

Caros formadores,
Venho abrir este post para trocar um pouco de ideias e ver qual a vossa perspectiva do assunto. Sou formadora e professora, e durante muitos anos trabalhei a recibos verdes, depois a contrato e a recibos verde ao mesmo tempo, mas isso acabou perante as dificuldades financeiras da empresa onde estava.

Estive a contemplar as minhas opções, que eram
-continuar na área da formação, fazendo o que gosto, mas com todos os inconvenientes: ganhar à hora, a recibos verdes, não ter trabalho no verão ou na época do natal, nunca saber exactamente com que dinheiro contar, correr o dia todo para ir a mil sítios dar formação, perder horas de trajecto para trabalhar só uma, pagar a SS a 150 euros todos os meses, enfim, tudo aquilo que vocês sabem perfeitamente!
-mudar de área e arranjar um trabalho com contrato "normal" de trabalho

Optei pelo segundo pois tenho um filho de 2 anos e já não tenho a mesma disponibilidade do que antes para passar o dia a ir de um lado para o outro.

No entanto estou cheia de saudades de dar formação, não gosto nada do meu trabalho agora, falta-me aquela satisfação pessoal, e estou pronta a tentar a minha sorte de novo, embora hesite por causa daqueles problemas que referi acima.

O que pretendia com este post é saber como é que vocês vivem com a instabilidade inerente ao trabalho de formador? Como resolvem o problema de ter que pagar a SS naqueles meses em que quase não há trabalho? Conciliam com outro emprego? Se sim, como procedem para conciliar tudo?

obrigada pelas participações!
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Re: viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9259

  • tas50
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Bem pelo que sei, se tiver a trabalhar por conta doutrém pode pedir isenção do pagamento da SS (até determinado valor), se realmente tiver um tempinho, é favor sentir-se realizada
:)
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Re: viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9260

Viver da formação como refere é, de facto, muito complicado. Direi mesmo quase incomportável, dado que não se tem o pagamento certo todos os meses e para a segurança social tem que ser certinho os 159€/mês. Houve meses que não recebi e paguei à SS. Existem mais dificuldades são elas as despesas que se tem com o gasóleo para se andar de um lado para o outro? E as refeições ? Na maioria das vezes, para se ganhar a vida, não dá para almoçarmos em casa. E o desgaste de tudo e de nós mesmos? E se apanhamos grupos que, de todo, não querem aprender? Nunca lhe aconteceu? A gestão que se tem que fazer na nossa organização, porque grupos diferentes exigem dinâmicas diferentes!!
Há grupos que dão satisfação e deixarão saudades, outros levam-nos a pensar na vida e até desistir de dar formação. Estão lá porque recebem bolsas e ...
Bem e temos que concordar o preço hora que algumas entidades pagam é quase ridículo....

Isto tudo para dizer que se ganhar a trabalhar por conta de outrem pelo menos o equivalente ao IAS que será cerca de 490€, não sei ao certo, poderá pedir a isenção de pagamento de contribuições à SS, como trabalhador independente. Já alivia um pouco a carga e dá-lhe a tal satisfação.
Boa sorte:)
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Re: viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9261

Colega:

Como diz não é fácil. Nada fácil. Deve sre por isso que nunca arrisquei a ser formadora apenas como actividade principal.

Mas como já foi referido, sendo tabalhadora por conta doutrém pode pedir a inseção de pagamento de SS (pelo menos este ano, porque com a nova lei contribuitva que irá entrar em vigor no próximo ano terá que pagar SS por cada actividade exercida).

Assim, eu tenho um contrato de trabalho normal e em pós-laboral e aos Sábados faço umas horinhas de formação.

Implica abdicar de vida pessoal e social alguns dias, ms a recompensa no final vale o esforço.Na maior parte das vezes...
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Re: viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9262

  • genio86
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Boa tarde

Eu estou acabar o curso mas pretendo tirar um curso de formador na minha área (H.S.T.)
No entanto deparo-me com varias opinioes de descontentamento ao qual fico em duvidas do que seguir, pois este país está cada vez mais dificil, e nao quero tirar mais um curso para depois ficar no desemprego, mas também penso que emprego ja nao existe, so existe trabalho e cada vez mais as escolas pedem formadores para recibos verdes e contractam alguns efectivos (que la estejam alguns anos a trabalhar).

Mas estou em duvida, pois também ja pensei trabalhar por conta propria ter uma pequena empresa e dar formaçao.

:blush: ando a nora com o futuro
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Re: viver da formação 14 anos 1 mês atrás #9269

  • maria1234
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Caros colegas

Tudo na vida é uma questão de vocação. A vida exige-nos opções, e para tomarmos cada uma delas devemos conhecer e aceitar as regras do jogo.

Vivo exclusivamente da formação há cerca de cinco anos. Foi uma opção que tomei, após meia dúzia de anos de experiência profissional. Para isso tive que abdicar de certas regalias e aceitar as condições.

É verdade que há menos direitos e situações difíieis em termos de pagamento. Mas é tudo uma questão de gestão orçamental. Não se pode pensar na lógica de ter x para gastar no fim do mês. Nuns meses temos saldo negativo e noutros, de alguns milhares de euros. O primeiro ponto é a adaptação a esta irregularidade.

Outro ponto é o volume de trabalho. Compensa apenas se se tiver um grande volume de horas. Mas para isso é preciso enviar centenas de cvs, fazer muita pesquisa na internet, criar uma boa rede de contactos, fidelizar a relação com várias entidades, para que nos voltem a contactar. Ou seja, isto dá algum trabalho.

É possível ter um rendimento líquido médio na ordem dos 2000 € mensais ou mais até. Mas isto exige muito trabalho, alguma sorte e muito gosto pelo que se faz.

Se compensa mais do que um trabalho por conta de outrém? eu diria que depende do vencimento. Claro que um trabalho por conta de outrém de 2000 € líquidos seria mais compensador. Mas isso, nos dias que correm, é uma raridade.

A situação ideal seria ter um trabalho por conta de outrém que permita acumulação com a formação. Mas nem sempre é possível.

Eu não me arrependo da minha opção. Mas é tudo uma questão de vocação.

Cumprimentos a todos
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