Joana Cunha escreveu:
Atenção que essa "metodologia" muito usada na 9001 de fazer as chamadas "verificações internas" é algo que roça o fechar de olhos ao requisito 7.6 da Norma!
Mesmo admitindo que se possa fazer isso, será necessário fazê-lo sob condições controladas, o que na grande maioria dos casos nem sequer é possível de fazer.
Além de disso, essas "condições controladas" implicam sobretudo alguém que tenha a competência para o fazer - e não me parece que um simples cursinho de metrologia de meia dúzia de horas seja suficiente e muito menos fazê-lo num qualquer lugar sem as condições necessárias para o efeito, como tenho visto um pouco por todo o lado!
Obviamente que como somos um país pobre os OC pedem-nos (como auditores) para "fecharmos os olhos"...

Outra questão, uma medição deixa de ser "meramente indicativa" se o seu resultado for objecto de registo.

AV

Caro Colega,

O que nos vale a quem trabalha nos Sistemas de Gestão é que os profissionais são, geralmente, pessoas de bom senso, ao contrário do que se passa com a maioria das entidades fiscalizadoras...

O requisito 7.6 da ISO 9001 fala claramente em "verificação", pelo que uma verificação interna não tem de "roçar o fechar de olhos"... Mas tem, obviamente, de ser feita de forma consistente (pessoal competente e condições controladas)...

Se a entidade tiver o apoio permanente de uma equipa consultora, esta poderá acompanhar as verificações internas, de forma a assegurar a sua qualidade.

Mas não estou aqui a querer contraria-lo, corrigi-lo ou ensina-lo - já me apercebi de que é um profissional competente -, apenas a alimentar um debate que pode ser muito interessante.

Se me deparasse com a questão que colocou, optaria por uma verificação interna...

Bom trabalho!

Obrigado pela sua resposta!
Como é óbvio, já apliquei e até com com alguma frequência, a "técnica" da verificação metrológica em detrimento da calibração em Laboratório Acreditado. Nesses casos deixo de ter EMM de confirmação para passar a ter apenas os chamados EMM Indicadores e de cujos resultados não efectuo quaisquer registos ou sequer tomo decisões sobre alterações ao decorrer normal dum processo.
Até aqui tudo em consonância...
O problema que me parece de dificil resolução é a execução de verificações metrológicas a termómetros (medição de temperatura do corpo humano) cuja gama de medição é entre 35 a 41 grau, sem que a mesma seja efectuada num Laboratório.
O mesmo problema põe-se para o caso dos Medidores de Tensão Arterial (Esfigmomanómetros), que me parece que a execução de qualquer verificação metrológica "caseira", nunca permitirá a obenção de resultados consistentes.

AV

Gostaria de colocar uma questão,

como é que funciona a implementação dos Manuais da Qualidade da Segurança Social numa entidade com prestação de várias respostas sociais (nomeadamente Lar de Idosos, Creche, Centro de Dia ...) ?

Obrigada.

JoanaBLopes escreveu:
Tem que implementar uma a uma.
Os "referenciais" são por resposta social.
É claro que poderá (e deverá) ter um Manual da Qualidade que seja a cúpula do Sistema e que contenha tudo aquilo que é comum à gestão do próprio sistema - até porque os Manuais do ISS (no nível C) não obrigam à criação dum sistema de gestão.
Uma coisa que é segura é que a auditoria de concessão será feita valência a valência!

Mas poderá sempre consultar o site do IPAC.