Mais nem deveria eu acrescentar, porque a resposta da Anabela foi completíssima. Só queria partilhar que muitas vezes também não existem tais normativas no que concerne a professores e alunos (nas universidades, por exemplo). Por esse motivo, fica entregue ao bom senso, que irá beber a várias fontes. A ideia de que tal comportamento é de evitar, parece-nos óbvia, até por motivos equiparáveis aos que podemos pressupor nas relações entre médico ou psicólogo e paciente, advogado e cliente, etc. (casos em que se encontra devidamente legislado). É evidente que há que zelar para que a relação profissional seja o mais isenta possível e limpa de variáveis parasitas que irão torná-la desviante, desconfortável e/ou prejudicial para qualquer dos envolvidos no processo [no caso da formação: os formandos] e/ou revesti-la de alguma injustiça (mais que não seja pelo facto de se tratar de uma relação privilegiada). Fará, por isso, todo o sentido pensar-se seriamente no assunto e, a todo o momento, tentar evitar o surgimento dessa possibilidade, coisa em que me parece que todas nós estamos de acordo. O que também é verdade - e a Anabela referiu - é que existem coisas que acontecem entre os seres humanos, pelo facto de sermos isso mesmo, e de a vida ser um mistério com mil formas de nos surpreender. E, nesse caso, uma vez mais a nossa capacidade de resolução das situações será posta em causa, cabendo-nos agir da forma mais ética possível e pensando nos interesses que deverão ser prioritariamente protegidos.
É mais uma responsabilidade, a acrescer a uma já vasta lista delas!
Curiosamente, é um tema que me parece que ainda não tinha aqui sido abordado, e que se calhar até faz muito sentido!
Um abraço a ambas.