Cara VFerreira,
Poder dar formação nessa área, pode, desde que realmente domine. O pior vai ser convencer as entidades de formação de que domina. Ou seja: facilmente quem a essas se apresente com curso específico (ou com experiência comprovada) lhe passa à frente. Faria sentido uma avaliação de competências justa, o que, como sabemos, raramente acontece. Todavia, assim que tiver a primeira hipótese e que essa corra bem, já o caminho se abre à sua frente. Há muitos anos atrás estive para ministrar uns módulos daquelas coisecas básicas (Word, Excel, etc.) - por acaso não o cheguei a fazer, mas porque outros valores mais altos se levantaram - e o que eu tinha era apenas domínio aprofundado enquanto utilizadora (uma vez que comecei antes de ser comum existir disso na maioria das empresas). É verdade que os tempos eram outros (foi há mais de 10 anos!), e é bem possível que hoje em dia haja normas que desconheço, mas a verdade é que ninguém me exigiu que eu tivesse um curso de informática.
Já o que diz a Cristina Dionísio é bem verdade: o módulo de Recursos Didácticos dá-o bem que é bom utilizador dos mesmos e domina a fundo as regras de funcionamento e as formas de potenciar o seu uso, contornando as suas desvantagens (que também as há) e compensando as limitações. É claro que R. D. não é apenas um PC, uns slides e um projector. De todo. Mais: não exige apenas que se saiba operar com tais meios, mas também que se saiba fazer escolhas em função de todas as variáveis da realidade formativa em presença, sobretudo de modo a não permitir que os R. D. se substituam ao formador, esse sim, a sua maior ferramenta. Mas, claro, tem muito de informática!
Um abraço.