Aquilo que escolhi para partilhar com o meu público foi fruto de anos de observação no terreno, de experiência pessoal e de estudo bibliográfico, de modo a poder concluir que reunia, realmente, algo de novo e significativo para dar às pessoas de modo a ajudá-las a fazerem mais e melhor. E tudo isso aliado a diagnósticos precisos junto dos clientes que me solicitavam essa formação. Só assim o que transmitimos poderá representar uma mais-valia para quem confia que sabemos um pouco mais do que eles. De outra forma, o público sentirá, e com toda a razão, que aquilo que lhes lavamos pouco ou nada acrescenta, não oferece aplicabilidade prática e não faz sentido nenhum. Donde, replicar programas, manuais e materiais alheios não passa de uma forma de fazer os destinatários perderem tempo e dinheiro. Cada vez mais os públicos são exigentes e perspicazes, exigindo verdadeira mestria aos formadores. Ainda bem.
É essa a verdadeira missão de um formador, e é por isso que ser formador implica grande responsabilidade, não se tratando de um passatempo. Na minha opinião, quem não está muito dentro do tema não vai fazer nada dentro de sala. Podem até dizer-me que "se não se começa não se ganha experiência"... É correcto. Mas aí estaremos a falar da experiência pedagógica, e não da obtenção dos saberes. Porque não se começa a dar formação para ver se se aprende alguma coisa sobre o que é suposto ensinar. Isso seria usar os formandos como nossos formadores, perventendo o processo à custa dessas. A lógica (nem lógica) é a inversa: primeiro concluímos que somos bons num assunto; depois é que nso propomos formar sobre ele.
Boa sorte.