Estimado Ricardo,
Achei o seu comentário ofensivo e abusivo.
Eu sou uma das pessoas que já neste site manifestou o seu desagrado pelo facto de existirem pessoas que nada entendem de turismo estarem a dar formação na área. Mas por acaso sabe se é o caso das pessoas que aqui fizeram os seus pedidos de ajuda????
A carapuça a mim não serve pois toda a formação académica que tenho (e que é alguma) é em Turismo.
Certamente já olhou para os ridículos (espero não estar a ofender quem os preparou, mas realmente estão mais que desajustados) elencos modulares que nos são entregues quando vamos dar aulas.
Giro é serem entregues numa 2ª feira para começar as aulas numa 3ª e em cima do joelho ter de preparar aulas para 6 módulos diferentes que se está a leccionar ao mesmo tempo.Melhor ainda quando é a primeira vez que se está a dar formação. Como deve saber ainda somos nós que temos de fazer os módulos para os adolescentes poderem estudar e terem material para acompanhar a matéria.
Pelo menos no meu caso eu queria apenas ter uma melhor noção do está a ser feito por forma a poder desenvolver os meus materiais e ter um fio condutor mais simpático que o elenco modular. Como deve saber o 1º ano não é simples é necessário ver toda a matéria porque em OTET e TIAT estão sempre a cruzar-se e a que fazer uma abordagem diferente para os alunos não dizerem que já deram a matéria.
Quando se pede bibliografia no meu caso até tenho alguns livros, para não dizer muitos, mas é para ver qual é que tem sido utilizado pelos colegas, certamente que não vou ler 30 livros para descobrir qual deles é que fala do que quero. Se algum colega for simpático e der a referência do livro que acha melhor para determinado módulo e justificar é muito mais simpático, para além de ser uma ajuda fantástica. O que não invalida em nada que eu depois não dê o meu cunho pessoal e utilize outros livros que ache que se adequam melhor.
E mesmo que não se queira partilhar o material (módulos) que se fez, acho que a troca de experiências é muito importante. Falar sobre a forma como se organizou a matéria do módulo, o que resultou melhor ou pior, as visitas de estudo que foram feitas. Ou seja, fazer o que é normal entre professores do ensino regular.
Ainda que eu não concorde que pessoas que não têm formação técnica em Turismo leccionem disciplinas técnicas num curso profissional, não fico apenas a criticálas de forma grosseira como foi feito. Mostro a minha indignação mas ajudo porque acima de tudo o que importa são os adolescentes que estão a receber formação e que vão ser os profissionais do futuro. Esses adolescentes merece a melhor formação possível e se o formador/professor deles não tem deve-se ajudar em vez de guardar tudo para nós. De maus profissionais de turismo está o mercado cheio, foi isso que me fez vir dar formação se eu tiver de partilhar os meus conhecimentos com uma pessoa formada em Geografia, Matemática, Latim ou Mecânica que seja mas os alunos é que não podem ser prejudicados pelas falhas que existem no sistema.
Não sei se me fiz entender...
Melhores cumprimentos
Selma Pinto Correia.