Ensino profissionalizante e sistema dual são as apostas do Executivo
A Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial defende que se deve apostar no ensino profissionalizante e no sistema dual e aponta como medida a criação de cheques-formação para empresas e desempregados.
O documento, que hoje foi entregue aos partidos políticos e parceiros sociais, apresenta várias medidas na área da educação, entre as quais a revisão do ensino profissionalizante e do sistema dual (que junta a formação teórica com a formação profissional adquirida em contexto de trabalho).
A criação de um cheque-formação para empresas e desempregados inscritos em centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional para flexibilizar o processo de escolha da entidade formadora e curso de formação é uma das medidas apontadas no documento Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial - 2013-2020".
A "estratégia para o crescimento" defende que é previsto rever o ensino profissionalizante e construir um sistema dual que unifique as várias modalidades de dupla certificação que existem em Portugal, com o objetivo de qualificar os jovens para entrarem no mercado de trabalho mas também dando-lhes a possibilidade de ingressar no ensino superior
Um dos objetivos descritos no documento é o de reduzir o abandono precoce, o insucesso ou repetência e o absentismo dos alunos/formandos.
Esta é uma opção alternativa ao ensino regular ou científico-humanístico que o Governo quer que comece logo no 6º ano: Fomentar a orientação e o ensino vocacionais, com uma maior componente tecnológica e experimental (ou aplicacional), estimulando as competências empreendedoras, a partir do 6º ano de escolaridade, sem comprometer ou condicionar as trajetórias de acesso ao ensino superior, universitário e politécnico, lê-se no documento.
A "estratégia" defende por isso o alargamento dos cursos de aprendizagem dual e ensino profissionalizante a outros níveis de ensino: Ainda este ano, perspetiva-se o alargamento dos cursos de aprendizagem profissionalizante e dual a jovens e jovens adultos com habilitações iguais ou superiores ao 6.º ano de escolaridade, ao 9.º ano, privilegiando o nível 4 de qualificação, e ao 12.º ano completo ou incompleto, como via alternativa de cumprimento da escolaridade obrigatória.
O documento defende ainda como medida o reforço progressivo dos protocolos de parceria, territoriais e setoriais, entre escolas, centros de formação, centros tecnológicos, institutos politécnicos, universidades, empresas e outras entidades empregadoras.
Deverá ainda ser lançada uma campanha de promoção do ensino profissionalizante e da aprendizagem dual.
O enriquecimento de conteúdos e diversificação da oferta de formação técnica em linha com as reais necessidades das empresas e a sensibilização dos estudantes e das famílias para a importância de formação técnica (nos vários níveis de ensino), tendo em vista a dinamização da procura desta tipologia de qualificações são outras das linhas que devem orientar as mudanças que se deverão realizar até 2020.
A estratégia defende ainda que deve ser promovida "uma maior articulação e cooperação entre instituições de ensino e empresas e o aumento do nível médio de qualificação e reconhecimento internacional do corpo docente em Portugal, de forma a potenciar a qualidade e adequabilidade da oferta formativa no País".
Diário Digital com Lusa