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TÓPICO: Acesso ensino superior: alunos do e. Profissional

Acesso ensino superior: alunos do e. Profissional 11 anos 4 meses atrás #16091

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Ministério da Educação «estrangula» acesso ao Superior
Manter regras iguais para estudantes do ensino profissional é «uma aberração do sistema de avaliação externa dos alunos», acusa o CNE

Por: Redacção / AR | 2013-07-05 19:53


O Conselho Nacional de Educação (CNE) considera que manter iguais as regras de acesso ao ensino superior para alunos do ensino geral e do profissional «evidencia a menorização» da via profissional e estrangula o acesso a universidades e politécnicos.

«Estes alunos são obrigados a realizar os mesmos exames nacionais que os do ensino secundário geral (cursos científico-humanísticos), em disciplinas para as quais não foram preparados, pois o seu curso tem um currículo próprio que vale por si», lê-se num parecer do CNE relativo à proposta de alteração do decreto-lei sobre a gestão de currículos, a que a agência Lusa teve acesso.

Para o CNE, manter regras iguais é «uma aberração do sistema de avaliação externa dos alunos». A CNE defende que a alteração do decreto-lei devia ser encarada pelo Ministério da Educação e Ciência como «uma oportunidade» para «corrigir a situação», sublinhando que manter as mesmas condições de acesso para tipos de ensino diferentes «evidencia a menorização a que se condena legalmente o ensino profissional».

«A manter-se esta estratégia estranguladora do acesso ao ensino superior, este nível de ensino poderá baixar significativamente o número de efetivos, nos próximos anos», alerta o CNE.

Em resposta à agência Lusa, o Ministério da Educação sublinhou simplesmente que «o ensino profissional tem a mesma dignidade que o ensino regular, e os alunos de ambas as ofertas devem realizar exames para ingressarem em licenciaturas nas universidades e politécnicos».

O CNE diz ainda que o aumento do número de horas dedicadas a formação em contexto de trabalho, que a nova legislação prevê que possa aumentar de 420 para 600 a 840 horas, pode, «à partida, considerar-se benéfico». Mas avisa que é preciso garantir que o tempo que os alunos vão passar em formação nas empresas não seja um contributo para a «prestação gratuita de trabalho pouco qualificado».
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