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A Palavra dos leitores 22 Out 2014, 09:41h
Centro de Formação Profissional de Santarém já formou 11 mil desempregados este ano
O negócio da formação foi o único gerador de empregos nestes últimos anos. Nunca se ganhou tanto dinheiro a dar formação como em Portugal. Um formadora alguns anos atrás chegou a ganhar 65,00 euros hora e muito desses formadores não tinham capacidade para formar fosse quem fosse. A contratação daqueles formadores passava por cunhas e não por capacidades e conhecimentos para ministrar disciplinas em formato módulos. Em Portugal, muitos profissionais liberais deixaram de exercerem as suas profissões para dar formação, o que é muito mais rentável. Entre estes profissionais, encontramos engenheiros, advogados, professores e muitas pessoas com a licenciatura que fizeram a escolha de dar formação. Muitas empresas ganharam centenas de milhares de euros alugando salas e material informático para exercer este tipo de ensino. O problema é que já existem milhares de desempregados a viverem da formação em troca do subsídio de almoço. Em termos práticos, a formação adquirida não serve rigorosamente para nada a não ser para países de África e da América, pois as empresas nacionais e europeias desconfiam destes diplomas adquiridos nestas instituições e empresas de formação portuguesa. Isto é como as Universidades que são pouco credíveis, entra para o quadro de uma empresa quem tiver o diploma de uma instituição bem posicionada no ensino e não um licenciado numa Universidade medíocre. Quem frequenta as aulas de formação apercebe-se logo que alguma coisa está errada, principalmente quando o formador apresenta diapositivos com linguagem brasileira. Este tipo de ensino está cada vez mais desacreditado. Quero ver quando acabar o dinheiro da União Europeia, se haverá algum português a pagar por este tipo de cursos. Em Santarém, a dar formação aceitável, temos o CENFIM que já foi uma grande instituição de ensino prático mas hoje é uma sombra do que foi. Há muita gentinha a encher-se à custa dos desempregados.
Maria
A formação é uma espécie de terapêutica ocupacional. Não serve para nada mas evita que muitos desempregados entrem em depressão. Pelo menos durante o tempo que lá andam estão ocupados e são obrigados a cumprir uma rotina porque têm que ir e chegar a horas. Além disso acaba por também dar dinheiro aos formadores, alguns dos quais também estariam a fazer formação se não fossem aquelas horas de trabalho. Os empregadores é que andam satisfeitos com as políticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional porque têm mão de obra barata durante algum tempo. Os desempregados...esses...desesperam.
Hélio de Campos
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