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TÓPICO: OCDE pede mais investimento na EFA
OCDE pede mais investimento na EFA 9 anos 7 meses atrás #17190
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OCDE pede a Portugal mais investimento em educação e em formação de adultos
01 Abril 2015, 12:33 por Catarina Almeida Pereira | catarinapereira@negocios.pt No relatório apresentado esta quarta-feira, a OCDE alerta para os efeitos dos sucessivos cortes orçamentais e pede a Portugal que faça mais investimento na educação. Portugal dedica mais verbas aos idosos e às pensões do que aos jovens e à educação, refere a OCDE, num relatório onde alerta para os efeitos dos sucessivos cortes orçamentais na Educação e onde volta a sublinhar a importância da formação de adultos. "Equilibrar o orçamento de Portugal a curto e longo prazo exigirá dar mais atenção à afectação dos escassos recursos dos vários sectores. Actualmente, Portugal canaliza mais recursos orçamentais para os idosos e as pensões do que para os jovens e a educação. O orçamento da educação tem vindo a sofrer sucessivos cortes nos últimos anos, o que torna imperativo garantir que os escassos recursos são gastos de forma eficaz", lê-se no resumo do "OECD Skills Strategy", que faz um diagnóstico sobre a situação em Portugal. "Aumentar as competências de todos os cidadãos (através de apoio direccionado para as escolas e alunos desfavorecidos e também através da promoção da aprendizagem ao longo da vida) constitui um investimento no capital de competências que Portugal terá no futuro, o que terá igualmente efeitos positivos na equidade", diz o documento que está a ser apresentado esta quarta-feira, no CCB, em Lisboa. Ao longo do relatório a OCDE volta a sublinhar a importância da formação ao longo da vida num país onde 62% das pessoas entre os 25 e os 64 anos não concluíram o secundário. Esta é a terceira percentagem mais elevada da OCDE. "Aumentar a oferta e a qualidade da educação de adultos em Portugal, em especial para os adultos pouco qualificados, contribuirá para uma maior produtividade, para incrementar a empregabilidade e ainda para melhorar a capacidade de adaptação a ambientes de trabalho em alta mutação". Sem esse investimento, "Portugal não poderá contar com uma força de trabalho qualificada e flexível", concluem os autores, que trabalharam com os ministérios da Educação, do Emprego e com o gabinete do primeiro-ministro. O relatório que será apresentado esta quarta-feira pelo secretário-geral da OCDE faz doze recomendações principais: 1. Melhorar a equidade e qualidade na educação Os resultados de PISA mostram que Portugal é um dos poucos países que conseguiu reduzir os maus resultados em matemática ao mesmo tempo que aumentou os bons resultados. No entanto, os resultados de 2012 também mostram que a média em matemática está em linha com a dos outros países da OCDE é que os resultados em leitura e ciência estão abaixo da média. Portugal é um dos países onde a situação sócio-económica mais pesa nos resultados. O abandono escolar e o número de repetentes são elevados. 2. Aumentar a resposta da formação profissional à procura do mercado de trabalho O país deve reforçar a formação em contexto laboral para reduzir o abandono escolar e aumentar o emprego entre os jovens. 3. Dirigir a educação de adultos e ao longo da vida para os menos qualificados 62% das pessoas entre os 25 e os 64 anos não concluíram o secundário. É a terceira maior percentagem da OCDE. Sem investimento no aumento da oferta e da qualidade da educação de adultos o País não vai conseguir ter uma força de trabalho flexível e qualificada. 4. Reduzir o desemprego jovem e o número de jovens que não estudam nem trabalham (NEET) Portugal tem a quarta taxa mais alta de desemprego jovem na OCDE e muitas pessoas que não estudam nem trabalham. A criação de emprego é o maior desafio. 5. Encontrar saídas para os desempregados de longa duração O peso das pessoas que procuram trabalho há mais de um ano é elevado e já o era antes da crise financeira, o que é um "sinal de problemas estruturais mais profundos" no mercado de trabalho. É necessário desenhar medidas específicas para estas pessoas. 6. Reduzir barreiras ao emprego A OCDE considera que os "elevados" subsídios de desemprego de alguns grupos desincentivam a contratação e que o peso dos impostos e contribuições sobre o trabalho é elevado. Além disso, critica a elevada segmentação. Recomenda "mais esforços" na redução de barreiras ao emprego. 7. Promover o empreendedorismo Um quarto das exportações portuguesas vêm de empresas com menos de dez anos e as empresas mais recentes criaram quase metade dos empregos. É necessário facilitar o financiamento e simplificar burocracias. 8. Estimular a inovação O investimento em investigação e desenvolvimento está entre os mais baixos da OCDE, mesmo entre as empresas de maior dimensão. 9. Incentivar as pequenas empresas a apostar em qualificação As pequenas e médias empresas precisam de apoio para investirem na qualificação dos desempregados. 10. Financiar um sistema de qualificações mais equitativo O orçamento português dedica mais verbas aos idosos e às pensões do que aos mais novos e à educação. Depois dos sucessivos cortes orçamentais em educação é "imperativo" garantir que estes são bem distribuídos. Aumentar qualificações "é um investimento no futuro das qualificações", o que tem efeitos positivos na equidade. 11. Reforçar as decisões a nível local A estrutura centralizada das decisões em Portugal deixa pouca margem para ajustamentos a nível regional, diz a OCDE, que recomenda maior flexibilidade. 12. Construir parcerias É essencial monitorizar o resultado dos programas, sobretudo tendo em conta as restrições orçamentais. www.jornaldenegocios.pt/economia/educaca...acao_de_adultos.html |
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