Bom dia,

Sou licenciada em Recursos Humanos, pela Escola Superior de Estudos
Industriais e de Gestão - Instituto Politécnico do Porto, formação que me
confere habilitação para a docência no Grupo de Recrutamento 430 (Economia e
Contabilidade).

Sou formadora activa e possuo já experiência formativa comprovada em cursos
EFA, CEF e Aprendizagem, todos com equivalência a um grau académico (9.º e
12.º nos casos).

A minha questão prende-se com a interdição de profissionais na minha
situação ao concurso de professores. No meu caso e de muitos colegas, a
nossa actividade profissional tem vindo a ser exercida pela via da educação
e formação, o que na prática significa que temos uma função semelhante à de
professores.

Por este motivo, venho questionar V. Excias. sobre qual o procedimento que
deverei adoptar, isto é, que tipo de formação deverei procurar no sentido de
poder concorrer à função de professora, de que forma poderei obter a
profissionalização que me falta?

Agradeço se me puderem esclarecer esta questão.

Cumprimentos,
Carina Fernandes

pedir informação na universidade aberta.

Bom dia Carina,
A sua situação é igual à de tantas pessoas que neste momento leccionam nos estabelecimentos oficiais de ensino, mas não são professores! São técnicos especializados (grupo de recrutamento 999).
Para poder concorrer ao concurso nacional (como os professores fazem), tem de se profissionalizar. A solução seria fazer a profissionalização pela Universidade Aberta, ainda assim para se poder candidatar terá de ter 6 anos completos de serviço. Esta semana contactei os serviços da Universidade Aberta para saber se este ano estava previsto abrir novamente a profissionalização, a resposta foi:
"Caro senhor
Não se prevê a abertura do curso em referência, no entanto caso se venha a verificar será publicitado na página Web da Universidade, pelo que a mesma deverá ir sendo consultada pelos interessados com alguma regularidade."

Posto isto a solução será mesmo continuar a concorrer às ofertas de escola até completar os 6 anos de serviço e aguardar que o Ministério da Educação abra novamente a profissionalização em serviço, para dar alguma estabilidade aos milhares de "Técnicos Especializados" que perimitem que as Novas Oportunidades funcionem.
Também ouvi dizer que a Universidade de Aveiro (CIFOP) estava a preparar-se para abrir o curso, mas neste momento não há nenhuma informação oficial.

Caso aina não tenha os 6 anos necessários para poder concorrer à profissionalização, tem uma boa solução! Faça como muitos "professores" dos quadros das escolas fizeram,em 2 anos conseguiram completar os 6 anos de serviço obrigatório! Como? É fácil, arranja um amigo/a numa escola profissional que lhe passa uma declaração de tempo de serviço (não se preocupe com os riscos associados, o Ministério da Educação aceita tudo).
A boa maneira portuguesa este ano lectivo abriram 2 edições da profissionalização em serviço na Universidade Aberta e foram aceites dezenas de colegas com......0 dias de serviço no ensino oficial!

Boa sorte!
Paulo

Boa tarde.

Caro amigo, muito sinceramente espero que o que refere não seja verdade pois encontro-me á dois anos a tirar mestrado para obter profissionalização e já tenho muito tempo de serviço, assim como vários colegas que fazem o mestrado comigo.
Se for verdade é muito grave.
Só mesmo neste pais…
Já devia ter emigrado á muito…

Caro amigo, muito sinceramente espero que o que refere não seja verdade pois encontro-me á (HÁ) dois anos a tirar mestrado para obter profissionalização e já tenho muito tempo de serviço, assim como vários colegas que fazem o mestrado comigo.
Se for verdade é muito grave.
Só mesmo neste pais…( PAÍS)
Já devia ter emigrado á (HÁ) muito…

Atenção ao português!!

Boa tarde,
Efectivamente uma das possibilidades dos portadores de habilitação própria para obter a habilitação profissional (dita profissionalização) será frequentar um mestrado via ensino, acontece que existem várias áreas curriculares para as quais os Ministério da Educação/Ensio Superior não abre nem prevê abrir neste momento mestrados via ensino, nomeadamente nas seguintes áreas:
- Economia/Gestão e Contabilidade;
- TIC;
- Secretariado;
- Mecânica;
- Electromecânica;
- Etc...
Estas são as áreas que neste momento sustentam grande parte das novas oportunidades e cujos docentes têm de se sujeitar a preencher "retalhos" que as escolas vão abrindo.
O mais interessante nisto tudo é que o Ministério da Educação reconhece que há falta de docentes nas chamadas áreas técnicas, mas mesmo assim não lhes permite frequentar formação adequada (medida claramente financeira, pois se todos os portadores de habilitação própria fossem pagos pelo mesmo indíce dos profissionalizados, a situação das finanças seria "ligeiramente" mais grave).

Como diria uma colega: habilitação própria é a mão de obra de leste da educação....

Este é o país que temos (infelizmente), mas como alguém disse um dia cada povo só tem os governantes que merece.....


Paulo Pereira