Consultório da Formação
Inserido no programa do IV ENCONTRO NACIONAL DE FORMADORES como sessão de trabalho opcional, esta modalidade de descoberta, confronto e partilha em registo descomprometido e disciplinado, pretende oferecer um espaço aberto para a afirmação da formação como dinâmica de um processo de desenvolvimento.
De que forma? Em sessão aberta, em registo participado e orientada para a clarificação das abordagens com recurso a exemplos práticos e experimentação.
Com que estrutura? Haverá um pontapé de saída, da responsabilidade do dinamizador da sessão, não superior a 10 minutos, onde será esquematizado o percurso da aprendizagem, assim como os fatores e processos que o estimulam (matriz de referência Imagem 1, Imagem 2 ). De seguida, a fazer jus ao nome da sessão, serão os participantes a colocar todo tipo de questões, dúvidas e posições suscetíveis de gerar ideias, enformar práticas e reforçar registos tendentes a um modelo de desenho, dinamização e avaliação da formação mais consistente. A ideia é fazer da sessão um CONSULTÓRIO dinâmico onde sejam colocadas, esclarecidas, descascadas e analisadas as mais variadas questões que a todos nós inquietam e, nem sempre, podem ser partilhadas, quanto mais respondidas. Respeitando o alinhamento do encontro em que a sessão se insere e por questões de funcionalidade, conciliando o compromisso com o tempo disponível e a aposta nítida na participação extensiva e de qualidade, vamos apontar o foco da sessão para as seguintes dimensões:
- as pessoas como aprendentes.
- abordagens, técnicas e metodologias.
Os princípios e os pontos de rutura:
Se durante uma sessão de formação algum dos formandos tivesse um problema de saúde e nos perguntassem se o levaríamos a um pediatra…, não seria difícil imaginar a resposta pronta. No entanto, não hesitamos em manter esse mesmo formando num contexto formatado pela… pedagogia!
O que decidiriam sobre um eventual investimento numa aplicação que surgiu em 1960 ? Então…, por que carga de água se continua, teimosamente, a insistir no demonstrativo, no expositivo e outros igualmente duvidosos?
Se uma das maiores desculpas para justificar a ineficácia da formação é a existência de grupos difíceis…, porque não se inventou, até ao momento, nenhuma formação para tornar fáceis os ditos grupos difíceis?
Se fosse fabricado um automóvel para seu uso e, depois da entrega, reparava que o seu vizinho se apropriava dele para seu uso…,como chamaria a tal situação? Então…, como permite que lhe façam o mesmo com os suportes, obrigando-o a seguir cábulas projetadas em PowerPoint?