Boa leitura de todos os comentários publicados até aqui!
Desde o comentário tipo: "...esse treinador nunca jogou à bola, sabe lá o que é futebol":
"Já agora, e eu que sou mãe de três filhos, também acho que ninguém deveria ser professor e ensinar criancinhas, sem antes ser pai ou mãe...não tem competências de base...não tem conhecimentos concretos e teoria.... não me parece que chegue!"
cmpfonseca
Até algo que acho pertinente:
Falo por experiência própria e, embora nem sempre seja assim, é o que se verifica na esmagadora maioria dos casos: ensina-se algo que não se sabe fazer. Basta olhar para os cursos profissionais ministrados nas escolas secundárias, que estão desfasados da realidade.
rcunha
Existem professores que estão há vários anos inseridos em escolas e que preparam jovens para um vasto número de profissões, através de cursos profissionais, oferecendo em alguns casos uma formação artificia,l porque existem escolas que não estão devidamente preparadas ao nível de recursos materiais entre outros.
Sobre a actividade de formador (que já aqui foi muito bem explicada como sendo uma actividade em muitos aspectos diferente daquela que é tida por professores):
Em muitos casos percebe-se porque é uma actividade em muitas situações independente. Da mesma forma que as profissões e exigências do mercado vão mudando, obrigando os profissionais de hoje a serem uma espécie de "profissionais livres" - capazes de abraçar diferentes projectos ao longo de um/dois ano(s) - esta mobilidade exige uma constante reciclagem de conhecimentos e não uma formação estanque. Os formadores têm que estar em constante actualização, aprendizagem e descoberta.
Cada entidade (seja IEFP ou outra) deve ter a liberdade para contratar o formador que quiser (seja por via da sua experiência adquirida formalmente ou informalmente) desde que para isso haja um sistema a nível nacional que monitorize essas escolhas e as torne transparentes (que possam ser consultadas por outras pessoas através de um portal). Obviamente juntando a isto indicadores de avaliação (sim estou mesmo a falar "deles" - devidamente optimizados).
"Liberalizar" o exercício da actividade de formador não pode servir para perda de qualidade. Digo isto porque por vezes questiono-me como é possível alguns profissionais (e aqui estou mesmo a particularizar) virem a este fórum pedir materiais de cursos que à primeira vista não estão preparados para os ministrar, de outra forma não faziam esses pedidos em clara urgência. É bom que a actividade de formador mantenha a dignidade e exigência de outros tempos e não seja engolida por mecanismos de facilitismo, baixos salários etc.
Por fim, acho que os professores devem fazer valer a sua "via ensino" e trabalharem nas escolas públicas do nosso país a prepararem milhares de jovens... e se tiverem coragem (como alguns testemunhos que foram dados aqui) para dar um passo em frente e abraçarem um estilo de vida exigente, independente e diferente que é a formação profissional/formação de adultos/ formação para inclusão etc... que tenham muita sorte!
(caso haja algum erro neste texto, o primeiro culpado deverá ser o addon que tenho no meu browser que faz correcção automática do português - até porque sempre o "minimizei" face à minha arte no uso do papel e caneta).