Colegas

Resumindo:

O IEFP tem formação própria e em centros protocolados. Em 2000 pagava cerca de 17 € e tem vindo a baixar situando-se agora em TODOS os centros em 14,40 €.

As outras entidades, que fazem candidaturas a programas de financiamento (no âmbito do QREN, o POPH) podem pagar valores mais altos. Em 2000 já o valor hora máximo elegível era cerca de 28 €. Em 2007, subiu para 30 €.

Em comparação, 28 € no ano 2000 era muito bem pago.

No entanto, nem todas pagavam o valor máximo, desde 2007 os valores situam-se em geral entre os 20 e os 30, havendo entidades a pagar menos.

Como o dinheiro se esgotou, agora o valor máximo é 20 o que quer dizer que é provável que a maioria vá pagar entre 10 e 15.

Claro que quem trabalhou sempre com o IEFP recebeu sempre menos...mas com a vantagem de receber no fim do mês, ou de 2 em 2 e ter sempre um horário mais ou menos "regular".

Quem recebia a 20, 25 e 30 na maioria dois casos esperou 3, 6, 9 meses e mais pelo pagamento.


Tenho quase a certeza que acompanhando a descida geral, o IEFP vai descer dos 14,4 para 12 ou 10. Oxalá me engane...

Qualquer mulher a dias ou jardineiro ganha mais que isso!!!!

Ah pois é! Eu ganhava na formação menos que os meus formandos recebiam de bolsa.

tnbraga escreveu:

- os formadores têm contrato de trabalho tal como os professores. Estes também trabalham à noite, tal como muitos trabalhadores das mais diversas áreas.

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Onde? Como? A entidade para quem dou formação há mais de 15 anos e é uma das maiores a nível nacional não faz contratos com ninguém. São todos formadores externos. Todos meros prestadores de serviços.

tnbraga escreveu:

- considerar que um formador em início de carreira é mau formador, não me parece bem.

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Tanto pode ser bom, como pode ser mau. Mas se é bom, tem de fazer valer o seu valor! O seu trabalho tem de ser pago a um valor digno.

tnbraga escreveu:
- comparar profissões valorizando umas em detrimento de outras, tb nao me parece nada bem.Cada uma tem a sua especificidade. Se soubesse de mecânica,não se deslocava a um mecânico, terminava de preparar a sua formação e iria até à garagem tratar do automóvel.
[/quote]

Claro, mas os dois mecânicos com quem trabalho, só foram para mecânicos pois não gostavam de ir à escola. Diz um deles que "ficava todo abrazadinho da cabeça".
De qualquer maneira, sendo todos prestadores de serviços, eu e eles, porque eu tenho de auferir menos pelo meu trabalho, se acho que até tenho responsabilidades acrescidas?

tnbraga escreveu:
- as horas de formação são contabilizadas como tempo de serviço, desde que sejam ministradas na área de formação inicial/profissionalização. Não são contabilizadas para progressão na carreira...mas as progressões estão congeladas para todos!!! Não estava à espera que qualquer formação fosse contada como tempo de serviço, pois não?
[/quote]

Ora pois estava! E porque não? Ora se os programas e forma de como ministro formação a EFA's ou em formação em pós-laboral é a mesma, se os requisitos pedagógicos, ou melhor, andragógicos são os mesmos, porque não ?

tnbraga escreveu:
O que pretendo dizer com isto tudo é que a argumentação podia ter sido bem melhor.[/quote]

Claro, mas olhe que sei que a argumentação foi lida na integra por vários dos destinatários e até já fui contactado por isso.

O problema é que foram poucos os que fizeram chegar a sua voz de discordância por tudo isto.

Ao contrário das entidades formadoras que já se juntaram e estão a mexer-se...

Os formadores são uns pobres coitados...

crybaby escreveu:
Um artigo com a mesma descrição já existiu, pelo menos, nos 2 despachos anteriores em que foram estipulados novos limites máximos de custos para a formação profissional.
Mas na prática nunca foram aplicados. Não conheço nenhuma entidade formadora que tenho apresentada uma candidatura tendo como base a possibilidade descrita no artº 16....

crybaby escreveu:
Quanto à descida dos honorários, era de prever e tem de ser compreendida. Não podemos ter um ordenado mínimo de 3 euros por hora e ao mesmo tempo formadores do nível 1 a ganhar a 30 euros por hora.
[/quote]


Só se pode saber se um prestador de serviços ganha muito ou pouco em função do total anual que aufere e do impacto que isso tem na totalidade dos seus rendimentos.
Não devemos esquecer que um formador tanto pode ter trabalho hoje a amanhã ou só daqui a 6 meses. Ou seja, não é um ganho contínuo.
Para além disso é apenas um mero prestador de serviços, sem qualquer vínculo contratual, sem direito a baixa, a subsidio de desemprego, a seguros por doença, e outras regalias. Todas as despesas têm de ser suportadas pelo prestador de serviços e não por nenhuma entidade empregadora. Portanto compara um trabalhador por conta de outrem com um prestador de serviços...


crybaby escreveu:
Parte boa é que se pode acabar um pouco com o conceito de formador profissional, que para mim é um conceito sem sentido, já que formar em si não é nada, é preciso formar em alguma coisa e só se percebe dessa coisa se houver trabalho e experiência nessa área.[/quote]

Concordo! Plenamente! Mas com estes honorários mais vale, na minha área, fazer apenas outros serviços do que ministrar formação (eu fazia um mix das duas coisas). E não se trata apenas do dinheiro, mas sim da dignidade!

De qualquer maneira, eu já fiz a minha parte. Protestei ! E até pode não dar em nada, mas tenho estado a receber respostas e contra-respostas.

O unico receio é que tenha sido eu e pouco mais a protestar...

11.000 de formação dadas? Isso consegue-se em quanto tempo? Eu dou formação há 15 anos e nem metade disso tenho. Claro que não sou formadora a tempo inteiro, até porque se o fosse só, não teria aprendido nada de novo, durante todo esse tempo, para poder dar aos meus formandos e dizer que sou uma formadora actualizada. Mas mesmo assim fiquei curiosa? Em quanto tempo?...